Toyota Hilux completa 55 anos, veja fotos

A versão Conquest foi apresentada no final de 2022, com novos acessórios visuais. Foto: Divulgação.

Comemorando 55 anos de sucesso em vendas e aclamação crítica, a Toyota Hilux continua a ser um ícone no mercado automobilístico.

História

No Japão, em março de 1968, a Toyota lançou oficialmente um novo veículo que revolucionaria o conceito de picapes.

A Hilux foi lançada originalmente como sucessora dos modelos Stout e Briska (originalmente conhecidos como Hino Briska). O nome “Hi-lux” foi criado a partir da fusão das palavras em inglês “high” (alto) e “luxury” (luxo), e o veículo foi projetado pela Toyota para ser produzido pela divisão de caminhões e ônibus da HINO, que é uma marca subsidiária da Toyota atualmente.

A primeira geração da Hilux contava com um motor de 1.5 litros de 4 cilindros em linha, produzindo 70 cv de potência. Esse motor era compartilhado com o caminhão leve Toyoace, que tinha uma configuração “cab-over”, com a cabine posicionada acima do motor. A transmissão era manual de quatro marchas, com o câmbio localizado no volante, o que permitia espaço para até três ocupantes na cabine. Com um peso de 1.040 kg e uma capacidade de carga de uma tonelada, a Hilux foi projetada para oferecer durabilidade e versatilidade para atender às necessidades de transporte de carga.

Após seu lançamento no Japão, a Hilux expandiu-se para os mercados da Austrália e Arábia Saudita, e logo em seguida desembarcou nos Estados Unidos, juntamente com os icônicos Corolla e Land Cruiser. A picape Hilux desempenhou um papel importante na consolidação da marca Toyota como uma das mais importantes no mercado norte-americano, conquistando uma base fiel de fãs e contribuindo para sua reputação de qualidade e confiabilidade.

Em poucos anos, a produção da Hilux foi expandida para a Tailândia e África do Sul, tornando-se locais-chave para sua fabricação e possibilitando sua expansão para os mercados da Ásia, África e Europa.

A segunda geração da Hilux, introduzida em 1972, trouxe a versão “Highway”, que apresentava uma caixa de câmbio automático e dois bancos dianteiros separados, em vez do banco inteiriço para três pessoas da versão anterior. Além disso, o motor foi aprimorado, oferecendo mais potência. O sucesso da Hilux foi notável, e em 1978, apenas dez anos após seu lançamento, a Toyota já havia exportado mais de um milhão de unidades da picape.

Já em sua terceira geração, apresentada em 1978, a picape ganhou motorização diesel e tração nas quatro rodas em algumas versões e uma delas ainda acrescentava pela primeira vez a cabine dupla.

A quarta geração da Hilux foi apresentada em 1983. Nesta época, a Hilux era a primeira picape da história a atingir uma produção anual de 4 milhões de unidades.

Esse volume foi atingido porque a Toyota oferecia diversas opções aos clientes e por atender às necessidades específicas de cada mercado.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o desenvolvimento da 4Runner foi voltado para um público que cada vez mais utilizava picapes no dia a dia.

Na quinta geração, lançada em 1988, a Hilux já havia conquistado uma sólida reputação como um veículo resistente, robusto, confortável e com alto desempenho.

A sexta geração, por sua vez, apresentada em 1996, trazia a dirigibilidade aperfeiçoada, o que aumentava a sensação de conforto de um veículo de passeio, mas sem perder a robustez que um veículo fora de estrada precisa oferecer.

Para a sétima geração da Hilux, apresentada em 2004, a Toyota havia criado uma via direta para ouvir a opinião do consumidor a fim de evoluir e aplicar as melhorias necessárias para atender as demandas dos mercados. Herdando seu estilo robusto, esta geração oferecia aos clientes altos níveis de durabilidade e conforto que procuravam, com maior espaço interno, conforto de direção de um veículo de passeio quanto a conveniência de um SUV.

A oitava – e atual – geração da Hilux, apresentada em 2015, teve o seu desenvolvimento centrado na “redefinição da robustez”, com o objetivo de tornar a Hilux mais “resistente” com base numa interpretação muito mais ampla dessa palavra. Além das ideias convencionais de resistência, esta geração ostenta conforto a bordo, dirigibilidade e design, que mais uma vez, evoluíam tornando-a mais próxima de um carro de passeio, entretanto, sem deixar de lado os atributos que tornaram a Hilux um sucesso de vendas, como robustez e performance. Nesta geração, a suspensão foi aperfeiçoada e houve um aumento em 20% na rigidez estrutural.

Chegada na América do Sul

Nos primeiros anos da década de 1990, a Toyota tomou a decisão de construir uma nova fábrica na América Latina voltada para a produção da Hilux. A picape Toyota se mostrou o veículo ideal para a região, que ainda tinha uma predominância de atividades relacionadas à agricultura ou mineração, e cujos clientes demandavam um produto que combinasse qualidade, confiabilidade e durabilidade.

O destino escolhido para esta nova fábrica foi a cidade de Zárate, na Argentina, uma localização privilegiada por sua conexão com as principais rotas da região, proximidade com a rede de autopeças e os terminais portuários e acesso à energia.

Hilux, na planta de Zárate na Argentina em 1997. Foto: Divulgação.

A produção das primeiras 10 mil unidades da Hilux começou em 1997, destinadas a clientes na Argentina e no Brasil. E em 2002, foi anunciado um investimento multimilionário para a reforma da fábrica, a fim de ali produzir a plataforma IMV (Innovative Multipurpose Vehicle) para o lançamento da Hilux de sétima geração.

Àquela altura, a Hilux já era comercializada em 140 países e com este novo modelo ampliou o espaço interno e exibiu o conforto de condução e praticidade de um SUV.

A plataforma IMV abrigava três versões diferentes da Hilux, da minivan Innova e do SUV SW4, que em outros mercados levava o nome Fortuner.

Hoje a Hilux é líder de mercado em seu segmento em toda a América Latina. O modelo é produzido na fábrica da montadora em Zárate e exportado para 22 países, incluindo o Brasil.

30 anos de Brasil

Recentemente, a Toyota do Brasil celebrou os 30 anos de vendas da Hilux no país. Em 1992, a picape foi apresentada no Salão Internacional do Automóvel e chegou ao Brasil em sua quinta geração, importada do Japão. A Hilux rapidamente se tornou uma opção importante para os consumidores brasileiros, consolidando-se com base na reputação de qualidade, durabilidade e robustez estabelecida anteriormente pelo Bandeirante. A versão disponível no Brasil contava com um motor de quatro cilindros a diesel, oferecendo opções de cabine simples e dupla para os consumidores.

Saiu de 372 unidades vendidas em sua chegada para 919 veículos comercializados no ano seguinte e um total de 6.152 até 1996.

Desde então, as vendas seguiram em forte crescimento, alcançando volumes de 4.148 e 7.283 nos anos de 1997 e 1998 respectivamente. E atendendo às demandas dos consumidores, na linha 2002, a picape passou por um facelift e recebeu um novo motor turbodiesel com 3.0L e 116 cavalos, além de contar, pela primeira vez, com um propulsor quatro cilindros 2.7L 16V a gasolina com 142 cavalos, tornando o veículo ainda mais competitivo em seu segmento.

Hilux 2002. Foto: Divulgação.

Já em 2005, a Toyota apresentou ao mercado a sétima geração da Hilux com o slogan “A Revolução Total”, alavancando as vendas graças ao salto tecnológico com a introdução da transmissão automática, muito requisitada pelos consumidores, e o refinamento de vários itens de conforto e conveniência, sem perder a qualidade de construção e robustez.

Hilux 2005: A Revolução Total. Foto: Divulgação.

Na oitava geração, lançada em 2015 como linha 2016, a Hilux consolidou a imagem e o sucesso da versão anterior com uma plataforma totalmente nova e mais reforçada. Ainda houve atualizações no quesito segurança com a inclusão de três airbags (dois frontais e um de joelho para o motorista), nas versões cabine simples e dupla, e sete airbags (dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho – para o motorista), na versão SRX cabine dupla, tudo isso fez que a picape alcançasse as cinco estrelas nos testes de colisão do Latin NCAP.

Hilux 2016. Foto: Divulgação.

Em 2019 a Toyota do Brasil apresentou, pela primeira vez, uma versão esportiva da Hilux, a GR-S, limitada a 420 unidades, com novo visual, grade hexagonal e remodelação do para-choque dianteiro, representando o conceito da divisão esportiva Toyota GAZOO Racing.  Equipada com um motor diesel 2.8L, quatro cilindros, de 177 cavalos, a nova versão esportiva também ganharia uma companheira em 2020 com nova motorização, agora com propulsor a gasolina, 4.0L V6, com 234 cavalos.

Consolidando sua liderança de mercado, a linha Hilux 2021 recebeu uma importante atualização mecânica no motor diesel, que agora contaria com 204 cavalos, além de itens avançados de segurança.

Hilux GR-S: robustez aliada à esportividade. Foto: Divulgação.

Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a Hilux fechou o ano de 2022 na liderança de sua categoria com 48.611 unidades comercializadas. Neste ano, a picape segue líder de mercado com 6.249 unidades vendidas, representando 40,4% do market share no segmento de picapes médias a diesel.

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