Conheça o Logus exposto na Garagem VW

Volkswagen Logus 1995. Foto: Divulgação.

A Volkswagen está celebrando o trigésimo aniversário do lançamento do modelo que se tornou um símbolo do design dos anos 90. Durante essa comemoração, a empresa está revisitando a história do Logus e destacando, com minúcias, a unidade exposta na sua Garagem II, localizada na fábrica da Anchieta em São Bernardo do Campo.

Volkswagen Logus 1995. Foto: Divulgação.

Origens

Para compreender as origens do Logus, é necessário voltar para o dia 1º de julho de 1987, data em que a Autolatina foi oficializada. Essa união administrativa e fabril entre Volkswagen e Ford tinha como objetivo compartilhar tecnologias e, assim, reduzir custos em um momento de crise do mercado sul-americano. A Volkswagen, líder do mercado nacional na época, era a sócia majoritária no acordo, detendo 51% das ações.

Os primeiros carros produzidos pela joint venture surgiram na década seguinte. Em 1993, foi lançado o Logus, um elegante sedã de duas portas baseado na plataforma da quarta geração do Ford Escort – que também deu origem ao Pointer. O Logus foi um dos últimos modelos produzidos pela Autolatina, que foi oficialmente dissolvida em 1º de janeiro de 1996.

Durante sua curta existência, o Logus conquistou muitos fãs graças ao seu amplo espaço interno. Seu entre-eixos de 2,52 metros garantia conforto para os passageiros de trás, enquanto o porta-malas de 416 litros (que podia chegar a 688 litros com os encostos traseiros rebatidos) era capaz de acomodar as bagagens de uma família média. Com seus 4,28 metros de comprimento, o modelo era considerado um carro médio.

O Logus estava disponível em várias configurações, incluindo CL 1.6, CL 1.8, GL 1.8 e GLS 1.8. Na versão topo de linha, o carro oferecia equipamentos que eram exclusivos de modelos de categorias superiores na época, como alarme acionado pela fechadura, vidros elétricos “one touch” com sistema antiesmagamento, toca-fitas digital com equalizador e ar-condicionado digital.

O Logus impressionou a imprensa especializada com sua ótima posição ao volante e sua ergonomia bem projetada, com um painel de instrumentos completo e controles bem posicionados. Em termos mecânicos, o Logus era equipado com motores 1.6 de origem Ford e 1.8 AP, este último com 86 cv e 14,5 kgfm de torque. Seu carburador eletrônico dispensava o uso do afogador, mantendo a marcha lenta sempre estável, enquanto o câmbio manual de cinco marchas se destacava pelos engates acionados por cabos, proporcionando maior precisão.

Para a linha de 1994, foi lançada a versão GLS 2.0, com até 113 cv e opção de CD Player. Nesse mesmo ano, foi lançada a série especial Wolfsburg Edition, que se destacava pelo apelo mais esportivo e pelas cores exclusivas – uma homenagem à sede da Volkswagen na Alemanha. Após a produção de 125.332 unidades, a fabricação do Logus foi encerrada em dezembro de 1996.

Volkswagen Logus 1995. Foto: Divulgação.

De carro de testes à estrela da Garagem VW

O veículo presente na Garagem II foi fabricado em 1995 e se trata de um modelo intermediário GL na cor Azul Riviera, com interior equipado com bancos em tear Guaecá Cinza. Sob o capô, é impulsionado pelo motor 1.8 AP. Além disso, esta unidade apresenta uma série de opcionais, incluindo iluminação interna temporizada, travamento elétrico das portas, vidros com acionamento elétrico, fechamento automático das portas e rodas de liga-leve. Este Logus foi utilizado como carro de testes pelo departamento de Engenharia da Volkswagen do Brasil e rodou apenas 3 mil quilômetros.

Volkswagen Logus 1995. Foto: Divulgação.

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